Parabéns, mulheres!
Hoje celebramos o Dia Internacional da Mulher. Uma data justa para relembrarmos as lutas e conquistas de donas de casas que, a custo de muito esforço e coragem, conquistaram o direito ao voto e à livre expressão, à independência e ao posicionamento em nível igual ao homem no mercado de trabalho.
É importante lembrarmos a origem da data. Lançada oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970, mas comemorada muito antes disso, é dedicada às mulheres que se posicionaram por melhores condições de vida durante a Primeira Guerra Mundial. Por conta da mão-de-obra escassa, elas foram forçadas a trabalhar em condições inadequadas e em jornadas exaustivas, motivos de protestos.
As mulheres representam 51% da população brasileira. É crescente o número de figuras femininas responsáveis pelo lar, já que em dados mais recentes do IBGE, 38% das mulheres são consideradas chefes de família no país. É um dado relevante, pois mostra que alcançamos os nossos objetivos.
No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para fazer valer os direitos da mulher e o respeito, visto que ainda preocupam os casos de violência e abusos. Por um período de três anos, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) identificou 17 mil mortes por agressão a mulheres, uma média de 5,6 mil vidas ceifadas por ano. O quadro mais agravante é no Nordeste, com 6,9 feminicídios a cada 100 mil mulheres.
Como membro-relatora da CPI que investiga a violência contra a mulher, instituída na Assembleia Legislativa de São Paulo, abracei a causa junto aos demais parlamentares integrantes da comissão por acreditar que é preciso adotar medidas para questões urgentes como o tráfico de pessoas. Investigamos casos como o de uma mulher traficada de São José do Rio Preto, no interior paulista. Descobrimos ainda que, em pleno século XXI, mulheres são vítimas da violência em fábricas clandestinas de confecção. Parece algo de tempos muito distantes, mas infelizmente ainda nos deparamos com tristes situações como esta.
Convidamos e ouvimos representantes de órgãos ligados à segurança e aos direitos da mulher. A partir de todo conjunto de informações apuradas, vamos trabalhar na elaboração de um Projeto de Lei com a proposta de estabelecer políticas públicas de proteção à mulher vítima de violência e preventivas ao tráfico de pessoas.
No Dia Internacional da Mulher, celebremos as vitórias, a nossa liberdade e a alegria de termos conquistado nosso espaço na sociedade. A data renova ainda a vontade de lutar pelas mulheres que ainda sofrem e vivem em condições submissas, vítimas de agressores que aproveitam de sua fragilidade.
Deputada Rita Passos
Deixe uma resposta